quarta-feira, setembro 23, 2009

Pinacoteca


O edifício da Pinacoteca foi construído de 1897 a 1900. O propósito original era ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios, uma idéia de Leôncio de Carvalho. Em 1901, o edifício em estilo neo-renascentista italiano passou a abrigar também a Pinacoteca do Estado. Em 1905, é inaugurada como sendo o primeiro museu de arte de toda a cidade de São Paulo.

O museu começa a funcionar de fato em 1911 com a Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes durante um mês. Entre suas primeiras doações à Pinacoteca em novembro de 1911, estão criações de Pedro Alexandrino, José Ferraz de Almeida Jr. e Benedito Calixto. Peças que até hoje permanecem sendo expostas como parte do acervo da Pinacoteca.

Entre os diretores mais importantes da instituição, estão Luiz Scattolini (1928-1932), Delmiro Gonçalves (que no fim dos anos 60 começa a implantar reformas), Walter Ney (1971) e Fábio Magalhães (1979) –-e até uma passagem de quatro meses de Tarsila do Amaral como uma espécie de “conservadora” do museu.

O prédio ficou sendo de propriedade do Liceu até 1921. Em 1930, a Pinacoteca quase chegou a desaparecer, indo para a Rua 11 de Agosto, antiga sede do "Diário Oficial". O motivo era o Exército que havia interditado o museu para usar suas instalações como quartel-general durante dois meses. Dois anos depois, a Pinacoteca é novamente ocupada, desta vez, pelos revolucionários de 1932. Em 25 de fevereiro de 1947, volta para a Luz com reabertura solene feita pelo interventor José Carlos de Macedo Soares.

Em 1989, a Faculdade de Belas Artes foi transferida para o Morumbi, desocupando todo o terceiro andar e deixando o prédio apenas para as obras de arte da Pinacoteca.

A partir de 1993 até fevereiro de 1998, foi feita a reforma na Pinacoteca, com gastos de aproximadamente R$ 10 milhões, segundo dados oficiais. O projeto da reforma é de autoria de Paulo Mendes da Rocha, com o qual ganhou o prêmio Mies van der Rohe de arquitetura em junho de 2000.

O diretor, Emanoel Araújo, escultor baiano, assumiu a Pinacoteca em 1992. Seu projeto era reascender a atenção voltada para o Centro. Por isso, durante a reforma do prédio, mudou a entrada –a princípio virada para a Avenida Tiradentes—, para ter sua face voltada para a Estação Ferroviária Sorocabana, também chamada de Estação da Luz.

Curiosidades:

1. A reviravolta da Pinacoteca foi realmente concretizada em 1995 com a abertura da exposição de esculturas de Auguste Rodin (1840-1917), que reuniu 150.000 visitantes em 38 dias. Depois se seguiram outras mostras como Emile-Antoine Bourdelle, grupo CoBrA, Nadar e outros, mas nenhuma delas conseguiu chegar perto de tal êxito.
2. O edifício já acolheu o Ginásio do Estado, várias repartições públicas e um quartel.
3. Em 1979, é implantado o projeto Destaques do Mês, que expõe uma parte do acervo da Pinacoteca por um tempo determinado, criando uma rotatividade das peças adquiridas pelo museu.
4. Em 1951, a Pinacoteca contava com o espaço de quatro salas. Em 63, cresceu para seis salas e um corredor. Em 77, ganhou o andar térreo e um auditório para cursos. Hoje a coleção se espalha por dez salas mais o espaço da reserva técnica, onde ficam as peças em restauração, catalogação ou fora de exposição.
5. A Pinacoteca é, na verdade, uma obra inacabada: os tradicionais tijolos expostos não eram para ficar à mostra, mas, com a demora para a finalização da obra, não foi mais possível concluí-la, restando somente a opção de deixar o prédio desta maneira. (fonte: sampacentro.terra.com.br)

Estação da Luz / Museu da Lingua Portuguesa


Um conjunto arquitetônico muito bonito, em plena estação do metrô e trens em SP. Num anexo o Museu da Língua Portuguesa. Vale a pena a visita e sábado é de graça! Do outro lado fica a Pinacoteca, então você vai se ocupar por um bom tempo.
Para quem quer fazer compras, fica próximo de ruas temáticas, como de venda de roupas, muito movimentada e confusa, mas tem gente que gosta.

sábado, setembro 19, 2009

Grupo Corpo - Imã e Bach


O Grupo Corpo dispensa apresentações e faz parte da minha vida com a Virginia.
Dessa vez, atribulado com obras, trabalho, etc, não iriamos à nova peça se não fosse a Acácia, que nos laçou, comprou os ingressos.
Por pouco não chegamos, pois resolvemos conhecer a Fazenda Vale Verde, que é interessante, mas não é uma Brastemp.





Encenador de mão cheia para a comédia, o diretor Alexandre Reinecke soma mais um ponto à sua trajetória. Sua nova investida no gênero parte de um original francês de sucesso nos palcos de Paris. A divertida trama mostra dois casais de amigos que seguiram caminhos opostos. Endinheirados e esnobes, Pedro (Tato Gabus Mendes) e Marie (Márcia Cabrita) só valorizam as aparências. O convite para um fim de semana no sítio dos despreocupados Carlos (José Rubens Chachá) e Carol (Nora Toledo) se transforma num programa de índio. Diante do elenco afinado, no qual se destaca a dupla Nora e Chachá, Reinecke explora habilmente as tiradas cômicas do texto e suas sutilezas, como a mensagem que valoriza a amizade sem cair na pieguice.